Cabala é a tradição oculta ou esotérica dos Hebreus. Conforme afirmam
os rabinos, Enoque a ensinou ao patriarca Abraão e este a transmitiu oralmente a seus filhos e netos. Os livros fundamentais em que se acha exposta, são os livros de Moisés (Sepher Mosheh, o Pentateuco).
os rabinos, Enoque a ensinou ao patriarca Abraão e este a transmitiu oralmente a seus filhos e netos. Os livros fundamentais em que se acha exposta, são os livros de Moisés (Sepher Mosheh, o Pentateuco).
O grande libertador dos israelitas, que tinha penetrado no Santuário do
Egito e fora iniciado nos Mistérios, escreveu os seus livros em estilo simbólico, servindo-se da língua egípcia. Esta língua, porém, que havia chegado ao mais alto grau de perfeição, não pôde conservar-se em sua pureza nas mãos de um povo grosseiro, que passava a vida nômade nos desertos da íduméia.
Egito e fora iniciado nos Mistérios, escreveu os seus livros em estilo simbólico, servindo-se da língua egípcia. Esta língua, porém, que havia chegado ao mais alto grau de perfeição, não pôde conservar-se em sua pureza nas mãos de um povo grosseiro, que passava a vida nômade nos desertos da íduméia.
Moisés o sabia e, por isso, prevendo a sorte que aguardava o seu livro e
as falsas interpretações que se lhe iam dar no decorrer dos tempos, confiou as chaves da sua obra a homens seguros, cuja fidelidade tinha sido comprovada, dando-lhes de viva voz os esclarecimentos necessários para a compreensão da Lei (Thorah).
as falsas interpretações que se lhe iam dar no decorrer dos tempos, confiou as chaves da sua obra a homens seguros, cuja fidelidade tinha sido comprovada, dando-lhes de viva voz os esclarecimentos necessários para a compreensão da Lei (Thorah).
Os discípulos de Moisés confiaram esses ensinos secretos a outros
homens que, transmitindo-os, por sua vez, de geração em geração, fizeram com que chegassem à posteridade mais longínqua. Esta doutrina esotérica, que os rabinos afirmam se conservou pura até nossos dias, é a CABALA.
homens que, transmitindo-os, por sua vez, de geração em geração, fizeram com que chegassem à posteridade mais longínqua. Esta doutrina esotérica, que os rabinos afirmam se conservou pura até nossos dias, é a CABALA.
Na época em que vivia Moisés, o templo de Tebas (capital do reino)
continha os arquivos sacerdotais da extinta raça vermelha ou atlântica e os da Igreja de Ram, cuja sede era na índia.
continha os arquivos sacerdotais da extinta raça vermelha ou atlântica e os da Igreja de Ram, cuja sede era na índia.
Moisés foi iniciado em todas essas ciências; e, além disso, colheu os
mistérios mais puros da raça negra no templo de Jetro, que foi o último sobrevivente dos hierofantes desta raça. Assim, a tradição oral que o célebre legislador deixou aos setenta eleitos, continha os pontos essenciais de todas as tradições ocultas que haviam aparecido no globo terrestre.
mistérios mais puros da raça negra no templo de Jetro, que foi o último sobrevivente dos hierofantes desta raça. Assim, a tradição oral que o célebre legislador deixou aos setenta eleitos, continha os pontos essenciais de todas as tradições ocultas que haviam aparecido no globo terrestre.
É
admitido pelos ocultistas que os livros de Moisés foram escritos em
caracteres Vattam, e que, mais tarde (no século VI antes de Cristo),
Esdras os substituiu pelos caracteres hebraicos quadrados, em que os
achamos escritos atualmente.
Moisés entregou a Josué as chaves da tradição oral; mas não foi nas
mãos da tribo sacerdotal de Levi que se conservaram, mas sim nas comunidades leigas de profetas e videntes, das quais a mais notável foi a seita dos Essênios.
mãos da tribo sacerdotal de Levi que se conservaram, mas sim nas comunidades leigas de profetas e videntes, das quais a mais notável foi a seita dos Essênios.
Para conservar-se inalterado o texto dos Livros Sagrados, eram os seus
leitores e copiadores obrigados a observar certas regras fixas sobre a maneira de ler e escrever, as quais constituíam uma parte da tradição — e chamavam-se Massorah.
leitores e copiadores obrigados a observar certas regras fixas sobre a maneira de ler e escrever, as quais constituíam uma parte da tradição — e chamavam-se Massorah.
Os livros de Moisés eram lidos publicamente ao povo, todos os sábados,
na sinagoga; os comentários que se lhes fazia eram., a princípio, orais, porém mais tarde foram escritos, e assim se formou uma literatura escolástica, conhecida sob o nome de Thalmud, que consta de quatro partes:
na sinagoga; os comentários que se lhes fazia eram., a princípio, orais, porém mais tarde foram escritos, e assim se formou uma literatura escolástica, conhecida sob o nome de Thalmud, que consta de quatro partes:
1) Mishnah, ou Tradição primitiva de Moisés e dos grandes profetas,
tratando das sementes, das festas, do matrimônio, dos processos, das oferendas sagra das e das purificações.
tratando das sementes, das festas, do matrimônio, dos processos, das oferendas sagra das e das purificações.
2) Ghemarah, um verdadeiro compêndio de jurisprudência.
3) Midrashim e Targumim, comentários e paráfrases.
4) Thosiphthah, suplementos.
Assim como a Massorah forma o corpo da Tradição, tratando de tudo o
que se refere à parte material da Bíblia, o Tálmude representa a vida, por ser o seu objetivo a jurisprudência, os costumes, as cerimônias e as relações sociais.
que se refere à parte material da Bíblia, o Tálmude representa a vida, por ser o seu objetivo a jurisprudência, os costumes, as cerimônias e as relações sociais.
A Cabala ou Doutrina Secreta, porém, é a alma ou o espírito da Tradição; é a sua parte religiosa e filosófica.
DIVISÃO DA CABALA
O ensinamento tradicional na Antigüidade era trino; isto é, ao mesmo
tempo histórico, moral e místico, de maneira que as Escrituras Sagradas contêm um triplo sentido, a saber: o literal, histórico (pashut), que corresponde ao corpo e ao átrio do Templo; o moral (derush), que se dirige à alma e pertence ao Lugar Santo do Templo; e o místico (sod), que representa o Espírito e o Santíssimo.
tempo histórico, moral e místico, de maneira que as Escrituras Sagradas contêm um triplo sentido, a saber: o literal, histórico (pashut), que corresponde ao corpo e ao átrio do Templo; o moral (derush), que se dirige à alma e pertence ao Lugar Santo do Templo; e o místico (sod), que representa o Espírito e o Santíssimo.
Começando
com Esdras, a interpretação dos textos sagrados tornou-se quádrupla,
porque entre o sentido literal e o moral incluía-se o sentido alegórico
(remmez).
O sentido místico encontra-se na Cabala, que se divide em teórica e prática.
I — CABALA TEÓRICA
Esta parte contém as tradições patriarcais sobre o santo mistério da
Divindade; sobre a criação espiritual e a queda dos anjos; sobre a origem dos caos e da matéria, e sobre a renovação do mundo nos sete dias da criação; sobre a criação do homem visível, sua queda e os caminhos divinos que conduzem à sua reintegração. Em outras palavras, a Cabala teórica trata:
Divindade; sobre a criação espiritual e a queda dos anjos; sobre a origem dos caos e da matéria, e sobre a renovação do mundo nos sete dias da criação; sobre a criação do homem visível, sua queda e os caminhos divinos que conduzem à sua reintegração. Em outras palavras, a Cabala teórica trata:
1) da obra da criação — (Maasseh Bereshit).
2) da essência divina e seus modos de manifestação, a que os cabalistas dão o nome de Carro Celeste (Merkabah).
A obra da criação é descrita no Sepher letsirah (Livro da Formação), que
explica a formação de todos os entes e de todas as coisas, e trata dos 32 Caminhos da Sabedoria e das 50 Portas da Inteligência.
explica a formação de todos os entes e de todas as coisas, e trata dos 32 Caminhos da Sabedoria e das 50 Portas da Inteligência.
A
descrição do "Carro Celeste" é contida no Sepher-ha-Zohar ou Livro do
Esplendor, que trata dos atributos da Divindade (as dez Sephiroth), dos
quatro mundos, do bem e do mal, da alma humana e da salvação final.
Este livro foi escrito por Simeão ben Jochai, por ordem vinda de cima,
quando a tradição oral não podia mais perpetuar-se no meio da dispersão do povo israelita.
quando a tradição oral não podia mais perpetuar-se no meio da dispersão do povo israelita.
Os cabalistas cristãos ajuntam a estas duas obras principais (Sepher
letsirah e Zohar) ainda o Apocalipse de S. João, que desvenda as realizações da Ciência no campo do Amor e da Caridade.
letsirah e Zohar) ainda o Apocalipse de S. João, que desvenda as realizações da Ciência no campo do Amor e da Caridade.
Todas as três, porém, têm por base a Cosmogonia de Moisés (Sepher Bereshit ou Gênese).
II — CABALA PRÁTICA
A
parte prática ou mágica da Cabala ainda é pouco conhecida,, porque se
conserva secreta, sendo apenas indicada em alguns raros manuscritos,
conhecidos sob o nome de Clavículas de Salomão.
A Cabala prática explica o sentido espiritual da Lei, prescreve o modo de
purificação que assimila a alma à Divindade e ensina a meditação sobre os símbolos e nomes sagrados, como o meio de agir nas esferas visível e invisível. Para este fim, estuda a semântica das letras hebraicas, trata de várias transposições de letras que constituem palavras e das operações teosóficas de adição e redução dos números correspondentes às letras.
purificação que assimila a alma à Divindade e ensina a meditação sobre os símbolos e nomes sagrados, como o meio de agir nas esferas visível e invisível. Para este fim, estuda a semântica das letras hebraicas, trata de várias transposições de letras que constituem palavras e das operações teosóficas de adição e redução dos números correspondentes às letras.
A obra mais importante que serve de chave a estas operações é o Taro,
livro hieroglífico e numeral, que consta de 22 folhas e que os Boêmios nômades possuem ainda hoje. O Taro é o pai de todos os nossos jogos de cartas; as cartas espanholas conservam os principais signos do Taro primitivo.
Os Taros mais antigos eram medalhas, das quais mais tarde se fizeram talismãs.
livro hieroglífico e numeral, que consta de 22 folhas e que os Boêmios nômades possuem ainda hoje. O Taro é o pai de todos os nossos jogos de cartas; as cartas espanholas conservam os principais signos do Taro primitivo.
Os Taros mais antigos eram medalhas, das quais mais tarde se fizeram talismãs.
As Clavículas de Salomão compõem-se de 36 talismãs com 72 figuras análogas do Taro.
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