A ARTE DIVINA
A Alquimia é uma arte antiga, anterior às ciências modernas, considerada a precursora da química moderna.
Absorvida por correntes de pensamento místico, a alquimia
era uma arte que buscava transformar elementos básicos em
substâncias complexas, às vezes com resultados milagrosos.
A
alquimia é ao mesmo tempo uma ciência, uma arte e uma forma de magia.
Ciência porque se baseia em fórmulas e procedimentos que são pesquisados
com bases no conhecimento e nas práticas já adquiridos. Arte porque
precisa de criatividade e percepção, de senso de criação.
Magia porque faz o impossível.
Os alquimistas sempre sonharam em aperfeiçoar sua arte
até que ela progredisse à perfeição e o homem tivesse
controle sobre a criação, podendo criar o que precisava,
mudar o que não lhe era necessário ou até mesmo manipular
a própria vida, criando poções milagrosas que curavam as
piores doenças ou que prolongavam a vida.
Alquimia existiu em diversas lugares do mundo. No
antigo Egito, na China, no Oriente Médio, na Europa
medieval e em muitas outras partes e épocas. Embora
alquimia clássica seja originária da China e do Egito, formas
similares de magia foram criadas por outros povos, como o
herbalismo de certas culturas pagãs e indígenas, que, embora
seus fundamentos sejam bem diferentes dos fundamentos
alquímicos, o produto final é o mesmo: a criação de
substâncias e remédios com capacidades milagrosas.
QUEM A PRATICA
Muitos grupos místicos utilizam alquimia e artes
semelhantes em seu repertório. Tanto Tradições como
Tecnocracia costumam ter adeptos da arte de manipulação de
substâncias. Alguns exemplos de grupos que utilizam
alquimia (ou artes semelhantes) em seu repertório incluem:
IRMANDADE DE AKASHA
Embora mais rara que a prática de Dô, algumas facções
da Irmandade de Akasha utilizam a alquimia chinesa para a
criação de diversos efeitos místicos.
ORDEM DE HERMES
A alquimia clássica do Egito e oriente médio influencia
até hoje a arte hermética. Considerada uma forma de Alta
Magia, alquimia é tratada com grande respeita e usada com
freqüência pela Ordem de Hermes. Rara é a Capela hermética
que não possui um laboratório alquímico.
ORADORES DOS SONHOS
Oradores não usam alquimia propriamente dita, mas sim
herbalismo. Ao invés de manipulação de elementos, o
herbalismo é o uso de ervas e plantas para criação de
remédios, venenos e poções com propriedades variadas.
Herbalismo lida diretamente com as artes da Vida, mas
alguns compostos de herbalismo podem ser usados como
focos para magias de outras Esferas como Mente e Espírito.
VERBENA
Como os Oradores, muitos Verbena utilizam herbalismo
em sua mágica, usando os poderes das ervas para gerar
substâncias com propriedades mágicas.
FILHOS DO ÉTER
Os Filhos do Éter não usam alquimia e simquímica. Sua
química pode ser um tanto diferente da química normal,
porém, criando substâncias fantásticas com propriedades
especiais ou transmutando objetos usando aparelhos tirados
da ficção científica. Embora os focos sejam diferentes, a
química etérica acaba tendo a mesma função que a alquimia
mística.
ITERAÇÃO X
Sempre em busca de novas substâncias, ligas e compostos
a serem usados em suas máquinas, a Iteração X usa química e
física avançada para criar maravilhas da ciência moderna (e
até mesmo maravilhas ALÉM da ciência moderna). Graças às
suas pesquisas avançadas neste campo, eles desenvolvem
novas armas, metais mais resistentes, novos explosivos e
outras substâncias e compostos que um dia beneficiarão a
humanidade.
PROGENITORES
Química e biologia são usados pelos Progenitores em
busca de novos remédios e tratamentos. Novas drogas são
desenvolvidas a cada dia pelos cientistas dos Progenitores
para melhorar o corpo humano ou curar doenças com mais
eficiência.
NEFANDI
Os Nefandi, principalmente os Barabbi, utilizam
alquimia, herbalismo e química em suas mágicas. Seus
inimigos conhecem muito bem os venenos e substâncias de
mudança de comportamento que esses magos negros criam,
mas mesmo os Nefandi precisam às vezes de poções de cura
ou melhores aparatos para melhor servirem a seus Lordes
Negros.
COMO FUNCIONA
Dependendo de sua origem, a alquimia pode ter certos
princípios diferentes. Apesar da alquimia sempre se dedicar à
criação de substâncias com os mais diferentes propósitos, a
forma como isso ocorre varia e muito.
A alquimia clássica acredita na existência de uma
substância primordial e essencial. Essa substância forma os
quatro elementos: fogo, água, terra e ar. Os elementos, por
sua vez, quando usados em quantidades corretas, criam as
demais substâncias. Para se realizar a transmutação de
substâncias, portanto, é preciso fazer com que haja uma
reação que mude a composição elemental do objeto.
Da mesma forma, nossas emoções e até mesmo nosso
corpo era dominado pelos quatro elementos. Cada um dos
nossos líquidos internos (sangue, bile, atrabile e fleuma) é
ligado a um elemento e também a um estado emocional.
Equilibrando os elementos do corpo, pode-se curar a mente e
saúde. Da mesma forma, manipulando esses elementos, podese
controlar ou prejudicar a personalidade ou a saúde de uma
pessoa.
Astrologia demonstrava grande influência sobre a
alquimia, pois os alquimistas acreditavam que cada astro está
ligado a uma substância (como o Sol estar ligado ao ouro ou
a Lua à prata). Por isso, muitos alquimistas dedicam-se à
astrologia, buscando o momento certo para que seus
compostos sejam bem-sucedidos.
A alquimia chinesa possui crenças um pouco diferentes e
é derivada do Taoísmo. Ela acredita em cinco elementos
(fogo, água, terra, metal e madeira), que são balanceados
pelos princípios do Yin e do Yang. Ela também acredita na
“alquimia interna” do corpo, que pode ser controlada pela
manipulação do chi (energia vital) de uma pessoa. Alterandose
o fluxo de chi no corpo, pode-se alterar seu estado de
saúde.
Artes similares à alquimia, como herbalismo, têm
princípios completamente diferentes. Herbalismo usa as
plantas e ervas para a criação de remédios, venenos e outras
substâncias. Herbalismo costuma estudar as propriedades
(tanto físicas e biológicas como místicas) das plantas e existe
numa variedade de formas pelo mundo inteiro.
Por fim, a química avançada usada pelos Filhos do Éter e
pela Tecnocracia se baseiam no estudo das propriedades
químicas das substâncias, nos elementos da tabela periódica,
em suas ligações químicas e suas propriedades atômicas.
Também estudam alterações de substâncias pela manipulação
de seus campos elétricos. A química etérica em particular
costuma obter resultados um tanto quanto inacreditáveis,
lembrando muito a ciência dos quadrinhos e dos filmes de
ficção futurista.
FOCOS COMUNS
Os focos da arte alquímica se baseiam em ingredientes,
materiais corretos, ferramentas específicas, estudos
astrológicos e muitas, muitas experiências. Alquimia não
costuma ser uma arte instantânea (embora certos efeitos
sejam particularmente simples e rápidos de se fazer caso o
alquimista tenha os ingredientes corretos à mão).
A criação de substâncias alquímicas pode levar horas ou
mesmo dias, exigindo que o alquimista tenha paciência. Os
resultados, porém, podem ser impressionantes e duradouros.
Poções podem ser armazenadas para uso posterior, por
exemplo. Herbalismo tende a ser mais simples e rápido para que
seus resultados sejam obtidos. Tendo-se as ervas certas à
mão, é possível criar um remédio ou veneno rapidamente.
Isso nem sempre é verdade, porém. Certos produtos de
herbalismo podem levar bastante tempo para serem
preparados devido à sua complexidade e potência.
COINCIDÊNCIA E VULGAR
Alquimia pode ser uma arte tanto coincidente quanto
vulgar, dependendo de sua aplicação. Com as maravilhas da
química moderna e a influência de filmes, é possível criar
efeitos particularmente impressionantes sem que haja
Paradoxo. Venenos, um anestésico potente, drogas
alucinógenas ou que influenciam comportamento, um
produto que aumente ligeiramente a força de uma pessoa,
substâncias voláteis: tudo isso é possível sem causar
descrença.
Outros efeitos, porém, podem gerar Paradoxo. Uma droga
que feche ferimentos rapidamente, um elixir que amplifique a
Força a níveis muito altos, um ácido tão forte que abra um
rombo no chão em segundos, entre muitos outros efeitos,
podem tornar a arte alquímica altamente vulgar. Efeitos
muito grandes obtidos rapidamente (como uma pistola etérica
que usa um campo magnético para tornar ar em plasma e
dispara-lo) podem facilmente atrair Paradoxo.
FOCO OU ENCANTAMENTO?
Uma coisa importante a se dizer sobre a arte da alquimia é
que ela pode ser praticada, em termos de jogo, de duas
formas: como apenas foco para magias ou como
encantamentos reais.
O uso de alquimia como foco ocorre quando o alquimista
usa suas experiências para realizar magia. Os poderes não
vêm do composto criado, e sim do mago. Obviamente, o
mago não sabe disso, imaginando que precisa da alquimia
para conseguir fazer seus efeitos. Como com outros estilos
místicos, o mago não sabe que o poder vem dele, imaginando
que precisa de suas ferramentas típicas para fazer sua arte.
No caso de alquimia como foco, o poder dos compostos
criados só é liberado quando o mago, inconscientemente, faz
sua magia. Ou seja, aquele composto é algo inútil, talvez até
tenha alguma capacidade natural benéfica, mas não é nada
mágico. Quando o alquimista aplica seu composto, porém, a
magia ocorre e o efeito se torna visível. Isso quer dizer que,
se o composto for manipulado por outro que não seja o
próprio mago, ele falhará (se o mago estiver ciente, porém,
que o composto está sendo manipulado por outros, pode ser
que a magia ocorra, pois o mago inconscientemente a fará
ocorrer).
Neste caso, o uso de alquimia ocorre como com qualquer
outro foco. Cria-se o composto e, ao usa-lo, o mago faz o
teste normal de magia. Pode ser que o tempo gasto na criação
do composto sirva para ir acumulando sucessos no teste,
sendo o teste final feito no momento em que o composto
criado é utilizado.
A segunda maneira de se utilizar alquimia é realmente
encantando os compostos criados. Isso exige que o mago
tenha Primórdio 2 além de quaisquer outras Esferas
necessárias para a magia. Nesse caso, o alquimista realmente
coloca poder real na substância criada, gerando um talismã
temporário. O poder ainda vem do mago e ele está
inconsciente disso, mas a diferença é que a substância
adquire aquele poder também e pode ser usada por outras
pessoas que não o alquimista criador.
Quando se encanta um composto, é preciso dedicar
sucessos não só a fatores comuns como duração e potência do
efeito, como também a número de doses. Cada dose significa
que aquela substância pode ser usada uma vez (desde que não
seja consumida inteiramente) antes que perca seus poderes.
Uma poção à qual foram dedicados 5 sucessos para doses
poderia ser utilizada 5 vezes (desde que não seja consumida
inteiramente antes disso). Caso ainda sobrasse restos da
poção após 5 usos, a quantidade restante seria inerte e sem
habilidades místicas. Além de tudo isso, é preciso investir um
ponto de Quintessência para cada dose da poção (esses
pontos são consumidos a cada vez que o composto é usado.
Pontos restantes podem ainda ser reabsorvidos na forma de
Sôrvo por outros magos).
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