CORPO, ALMA E ESPÍRITO
A Gnose afirma que o
homem é formado por três substâncias, por três
elementos: o corpo, a
alma e o Espírito. Vimos que o corpo e a alma foram
criados por um deus
criador. Criou o corpo de barro e o dotou de uma alma,
mediante um sopro
sobre o nariz do homem. Tanto o corpo como a alma
foram criados pelo
demiurgo ou deus criador.
Porém existe outro
elemento no homem que é não-criado, que não foi
criado pelo deus
criador. Um elemento que provém de outro mundo, de outro
reino, do reino
incognoscível da anti-matéria, que em nosso estado habitual
não podemos sequer
imaginar. Esta centelha anti-material, sem a qual
nenhum ser humano
pudera evoluir até chegar a ser o que é agora, é o
Espírito. Sem Ele,
nenhum ser humano teria se diferenciado jamais de um
animal comum. Esta
centelha especial, não-criada, divina, proveniente do
reino incognoscível,
é denominada Espírito pelos gnósticos.
Segundo a Gnose, este
Espírito, que não pertence a este mundo, fora
atraído e encadeado à
matéria infernal, pra ser utilizado, para ser usado como
um agente
impulsionador da evolução material. Foi-se preso em cada homem
uma centelha
não-criada, para por em marcha todo esse processo
evolucionário que
está dentro dos planos do deus criador. Utilizam-se
Espíritos divinos
para impulsionar a evolução deste plano de matéria impura.
O Espírito,
totalmente anti-material, está preso, encadeado, aprisionado
neste inferno,
sofrendo um tormento, que para nós não é possível imaginar.
É esta uma das
torturas mais cruéis que podem existir, estar amarrado a este
mundo infernal da
matéria, a esse engendro criado ao qual chamamos de
corpo-alma do homem,
o qual tem sua razão de ser dentro do Grande Plano
do deus criador. O
Espírito se encontra encadeado contra a sua vontade e é
utilizado em cada ser
humano para impulsionar a evolução, para o
cumprimento dos
planos do deus criador. É um terrível tormento para o
Espírito: aprisionado
contra sua vontade, num mundo estranho e impuro,
sendo usado como
objeto descartável para o cumprimento de um plano
demencial. Veremos
este ponto com mais detalhes mais a frente.
Em outras palavras, o
Espírito, a centelha anti-matéria não-criada,
proveniente do reino
incognoscível, está preso dentro de uma bolha, podemos
dizer assim, de
matéria criada e está ali encadeado, crucificado na matéria.
Sustentam os
Gnósticos que se não fosse pela utilização do Espírito, o
homem nunca teria
deixado de ser hominídea. Nunca teria evoluído como
fez. Vemos com que
rapidez, em poucos milhares de anos evoluiu de forma
acelerada, tão
diferente dos milhões de anos que viveu sendo pouco mais de
um “boneco”.
Tal é o poder que
provêm do Espírito a este engendro criado, chamado
corpo-alma. Este
Espírito está atado à alma, se o homem morrer, se retirará
a alma e se levará
consigo o Espírito atado a ela. Não está atado ao corpo,
está comunicado ao
corpo, através da alma, seu encadeamento é com a alma.
A alma é um sopro do
deus criador sobre o homem, que o converte em “alma
vivente”. A alma é o
anímico no ser humano, não é algo imensamente
superior ou infinito,
como é o Espírito não-criado.
Sobre estes temas
existe muita confusão, por isso, através desta descrição
das idéias Gnósticas,
estamos mostrando uma postura diferente das habituais,
para que cada um tenha
ao menos a opção de poder eleger, escolher algo que
seja realmente
diferente do resto.
O Espírito está neste
mundo, porém não pertence a este mundo. Não
pertence a este mundo
ilusório de matéria e tempo.
Podemos deduzir que
se esta centelha de fogo anti-matéria, o Espírito,
pudesse libertar-se
de sua prisão, seu comportamento neste mundo seria de
uma imensa
agressividade. Primeiro, porque é anti-matéria, desestabiliza a
matéria. Segundo,
porque foi enganado de forma infame e encadeado contra
sua vontade durante
milhões de anos. Logicamente que, num nível abstrato
de raciocínio, se
esse Espírito pudesse libertar-se, a primeira coisa que faria
seria destruir.
Destruir tudo que o rodeia neste mundo impuro, neste mundo
criado, neste
universo material do deus criador. Não se trataria de maldade,
seria um
comportamento normal de alguém que estivesse confinado em uma
prisão, injustamente
e contra sua vontade. Enganado e contra sua vontade,
dizem os Gnósticos.
Aprisionado num mundo ao qual não pertence, em um
mundo satânico de
matéria e tempo.
Um dado interessante
é que, no começo do cristianismo, se afirmava a
existência destas
três entidades no homem: corpo, alma e Espírito. São Paulo,
por exemplo, aceitava
isso. São Agostinho também. Logo isso foi se
perdendo, através dos
concílios e decisões papais da igreja de Roma. Acabou
como hoje conhecemos:
corpo e alma. Agora parece que a alma é o divino
no homem e não existe
nada mais. O que aconteceu com o Espírito?
Desapareceu. Chama a
atenção que tenha ocorrido as coisas assim.
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